sábado, 7 de julho de 2012

Pensamento da Semana: Preocupação

 Suponha que o seu amigo consiga um excelente emprego. Há duas maneiras de se perceber a situação. Você pode pensar: "Ele tem um ótimo emprego". Ou você pode pensar: "Oh, meu Deus, ele tem um ótimo emprego! E eu? O que vou fazer? O que minha esposa vai dizer? Devo começar a procurar outro emprego? E se eu não conseguir? Por que nada nunca dá certo para mim?"

Você percebe como a preocupação entra na situação sem que você nem se dê conta? Afinal, não há nada doloroso no fato de seu amigo conseguir um excelente emprego. A preocupação simplesmente acontece quando você constantemente se compara com referências externas. Estou ganhando tanto quanto o vizinho? O meu chefe se impressiona comigo? O que as crianças vão pensar?

Por que essa necessidade de conseguir aprovação externa o tempo todo? A triste verdade é que nós deixamos de confiar em nós mesmos há muito tempo.
Quando somos crianças, todos nós estamos centrados em nosso próprio ser. Você já viu uma criancinha preocupada com o que as pessoas pensarão dela? Mas, à medida que crescemos, a sociedade incute o tempo inteiro essa idéia em nós. Ela nos ensina a avaliarmos a nós mesmos com base nas opiniões alheias - dos pais, dos professores, dos amigos, até de estranhos. Como resultado disso, começamos a acreditar cada vez menos em nós mesmos. Sem apoio externo, sem os "certificados" sociais para todas as nossas atitudes e convicções, tememos que nosso ego se despedace a qualquer instante.

Quando você se preocupa com alguma coisa, sente que tem um ponto de referência definido para medir a si mesmo. É por isso que a preocupação dá um centro ao seu ser, uma direção à sua vida. Sem preocupação, você sente que seu ser não tem um eixo sobre o qual possa se mover! É exatamente por esse motivo que muitos de nós estamos apaixonados pelas nossas preocupações!

(Extraído do livro "Da preocupação ao deslumbramento")

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