sábado, 22 de junho de 2013

Pequena história: Sábio e o mendigo

 Existe uma pequena história, uma bela história - um dos discípulos de Rama estava sentado no banco do rio Benares, à margem do Ganges, ele estava apenas sentado e a sua rotina era cantar todos os dias pela manhã. Ele entoava o Tulsi Ramayana. Ele tinha uma cópia do Tulsi Ramayana. Ele apenas recitava o Tulsi Ramayana para alcançar Deus. Todos os dias ele costumava estar lá e recitar o nome de Rama e gostava muito do "Ram Nam". Ele costumava ficar em êxtase, e era muito conhecido por toda região. As pessoas costumavam ir até ele para receberem bençãos e ele levava uma vida iluminada, de felicidade e êxtase.

Um dia um pedinte veio até ele e falou: "Senhor, eu não como a três dias, por favor me dê alguma coisa para comer". Como uma pessoa iluminada, ele se encheu de compaixão, ele não tolerava que alguém não tivesse comido por três dias. Ele sentiu o sofrimento. As pessoas comuns apenas se solidarizam. Mas os mestres, alguma coisa maior acontece e é chamada empatia. Eles sentem a emoção do outro totalmente. E a sua resposta levanta o outro, eleva-os para um plano mais alto. Com as pessoas comuns, quando você divide sofrimentos, você também cai na dor do outro. Você se apaixona, você cai de amores pelos problemas deles, você também cai no nível deles e logo se torna parte do sofrimento. Mas com os mestres, eles levantam o outro com amor, elevam o outro com seu amor.

O sábio não pode tolerar que alguém viva sem comida, e o pedinte estava faminto. O sábio não tinha nada com ele, exceto um exemplar do livro Tulsi Ramayana, Então ele deu o livro ao pedinte e falou: "Por favor, leve este livro até o mercado, diga a eles que este livro me pertence, que este livro foi dado por mim. Você verá que as pessoas irão comprar este livro pagando muito dinheiro por ele. Com este dinheiro compre você mesmo alguma coisa para comer". O livro que ele quase todos os dias venerava, que ele nem sequer abria na frente dos outros! Que era como se fosse um ser para ele. Mas ele deu o livro e falou, tome este livro, venda-o no mercado, você vai conseguir algum dinheiro, coma com este dinheiro.
Quando o homem foi embora, o sábio fez uma oração a Rama, "Oh, Rama! Eu botei fora as suas palavras para manter as suas palavras. Eu dei as suas palavras para manter suas palavras!"

Qual é a filosofia de Rama? Nada além de dar. O sacrifício último, "Thyaga".

"Eu me desfiz das suas palavras justamente para mantê-las" Quando você é capaz de desfazer das palavras justamente para mantê-las, nenhuma briga acontece. Naturalmente a unidade, a experiência de felicidade, e a experiência de paz, a experiência de harmonia acontece, mas quando você se apega as palavras em vez de mantê-las. Em vez de mantê-las na sua vida diária, você as mantém em livros. Então o problema começa. Então se você está pronto para jogar fora as palavras, para mantê-las, nenhum problema pode surgir, nenhum problema pode existir. Esta é a única solução, a primeira e única solução. Ponha a sua energia mais em compreender e desenvolver a sua vida, do que dar importância  a formas e rituais externos.

(Extraído do livro "A verdade simples, de uma forma direta!")

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