sábado, 6 de outubro de 2012

Perguntas e repostas - Comparação

 Pergunta: Como deixar de me comparar com os outros e não ficar infeliz?

Resposta: Pelo menos você percebeu que a comparação só traz infelicidade - já é um bom começo! Buda fala algo tremendamente significativo. Ele diz: "Nada existe, exceto em comparação. Tudo é relativo, e só tem significado quando se relaciona com alguma outra coisa".

Quais são as palavras que você utiliza para se comparar com os outros?

Lindo. Rico. Inteligente. Azarado. Jovem. Fraco. E daí por diante. Agora, imagine-se em outro planeta, onde não exista ninguém além de você. Você será lindo ou feio? Alto ou baixo? Rico ou pobre? Sem ninguém com quem se comparar, essas palavras perdem o significado, pois são apenas conceitos criados pela mente, não têm existência real.

Experimente isto. Feche os olhos por alguns instantes. Imagine-se totalmente sozinho no mundo. Você se sente lindo ou feio por dentro? Sábio ou tolo? O que seriam todos esses conceitos? Só permanece o fato de que você existe - porque esta é a única verdade.

Comparar a si mesmo com outra pessoa é uma tolice - porque você jamais poderá ser outra pessoa e ninguém poderá ser você. Olhe ao seu redor. Você conhece alguém que seja exatamente igual a você? Você não percebe como é especial?

Conta-se que o discípulo de um Mestre Zen uma vez perguntou: "Mestre, quando me tornarei como o Buda?"

Em resposta, o mestre deu um tapa no rosto do discípulo furiosamente.

Por quê? Será que o discípulo estava querendo demais? Não. O mestre simplesmente teve que chocar o discípulo para que ele percebesse que já era um Buda! Como você pode se tornar algo que já é? Você está tão desconectado com seu ser interno que se esqueceu de como é extraordinário. Quando perceber isto, a necessidade de comparar desaparecerá naturalmente. Mesmo que queria comparar, verá que cada pessoa é tão diferente que como é possível achar um ponto de referência?

Desta forma, abandone o hábito de comparar. Lembre-se você é único, assim como todo mundo!



(Extraído do livro "Da preocupação ao deslumbramento")

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